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CARTA

DE PRINCÍPIOS

  

Aprovado pela Coordenação Nacional em junho de 2020

CARTA DE PRINCÍPIOS

Ser Quilombativista é praticar a filosofia Ubuntu e pertencer a um Quilombo

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No Ubuntu, temos a existência definida pela existência de outras existências. Eu, nós, existimos porque você e os outros existem; tem um sentido colaborativo da existência humana coletiva.(...) A organização das línguas Bantu reflete a organização de uma filosofia do ser humano, da coletividade humana e da relação desses seres com a natureza e o universo.    Henrique Cunha Júnior

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O Quilombo é um avanço, é produzir ou reproduzir um momento de paz. Quilombo é um guerreiro quando precisa ser um guerreiro. E também é o recuo se a luta não é necessária. É uma sapiência, uma sabedoria. A continuidade de vida, o ato de criar um momento feliz, mesmo quando o inimigo é poderoso, e mesmo quando ele quer matar você. A resistência. Uma possibilidade nos dias de destruição.”   Beatriz Nascimento

Nossa construção enquanto Quilombo é de uma luta coletiva e não apenas individual, para tanto precisamos ter alguns princípios e condutas, que são importantes para nos proteger e proteger a nossa comunidade:

O cuidado, sustento e educação das crianças é uma responsabilidade que deve ser compartilhada com sua família e responsáveis, sabemos que na nossa sociedade muitos genitores sequer registram seus filhos. É imprescindível a prática da paternidade responsável. As crianças são bem vindas. Entendemos a importância da participação das crianças em nossas atividades para que se reconheçam e que sejam agentes multiplicadores capazes de construir um país melhor para as gerações futuras.

 

Prezamos pelos nossos antepassados e todos os que vieram antes de nós, pois são eles quem preservam e transmitem a cultura, o conhecimento e as tradições. Foram os mais velhos que lutaram para que nós pudéssemos avançar nas nossas conquistas e somos nós que transmitiremos o conhecimento para as próximas gerações. Por isso, temos a responsabilidade de cuidar dos idosos da nossa família e da nossa comunidade.

 

As religiões de matriz africana preservam e reverenciam as tradições dos povos que foram trazidos à força no período escravista. Entretanto, os terreiros de Umbanda e Candomblé têm sido continuamente alvo de violência devido ao racismo religioso, que deve ser combatido, independente da religião de cada um. É fundamental assumir o compromisso de lutar ao lado das comunidades quilombolas e indígenas que sofrem com a violência, a invasão de suas 2 terras e a política do Estado que não reconhece de   fato   o   direito constitucional dessas populações aos seus territórios.

 

A  democracia  não  chegou  na  periferia!  As  comunidades  periféricas  são territórios  nos  quais  a  população  não  tem  pleno  acesso  aos  seus  direitos básicos  e  que  sofrem  com  ações  policiais  civis  e  militares  extremamente violentas.  É  necessário  o  compromisso  de  lutar  ao  lado  das  comunidades periféricas,   respeitando   o   protagonismo   das   lideranças   comunitárias,   a contribuição intelectual não pode ser arrogante, nem soberba.

Preservar   a   coletividade   Ubuntu   no   trato   com   o   outro,   no   respeito individual, sem expor a escárnio nossas desavenças em redes sociais virtuais ou  pessoais,  sem  causar  intrigas,  respeitando  que  as  possibilidades  de desavenças individuais não comprometam a coletividade da nossa Rede.

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